Xabi Alonso se desentende com Florentino no Real Madrid
A recente eliminação do Real Madrid no Mundial de Clubes desencadeou tensões nos bastidores do clube. Após o retorno da delegação a Madri, o técnico Xabi Alonso e o presidente Florentino Pérez protagonizaram uma reunião marcada por divergências quanto à condução do mercado de transferências.
Desde que assumiu o comando da equipe, Alonso vinha mantendo uma relação harmoniosa com a diretoria. Contudo, a primeira grande discordância veio à tona com o planejamento para a nova temporada. O treinador insiste na contratação de um meio-campista defensivo, posição que considera essencial para corrigir falhas recentes observadas no desempenho coletivo.
A principal crítica de Alonso recai sobre a falta de profundidade no setor. Ele apresentou três nomes como opções viáveis: Angelo Stiller, do Stuttgart; Nicolò Barella, da Inter de Milão; e Kees Smit, do AZ Alkmaar. Segundo o técnico, além de se encaixarem taticamente, os atletas se mostram financeiramente acessíveis e prontos para contribuir de imediato.
Escudo do Real Madrid (Foto: Reprodução)
Por outro lado, Florentino Pérez mantém uma estratégia mais seletiva. O dirigente espanhol considera que apenas jogadores de classe mundial devem ser contratados para posições-chave. Assim, apontou Rodri, do Manchester City, como o único nome com perfil adequado para reforçar o meio-campo blanco. Entretanto, a negociação com o jogador espanhol é vista como inviável no momento, tanto pelo alto custo quanto pela resistência do clube inglês em liberá-lo.
Essa postura mais rígida da presidência gerou incômodo por parte de Alonso, que teme a limitação de opções e a consequente perda de equilíbrio da equipe. Conforme fontes internas, há receio de que o relacionamento entre treinador e diretoria se desgaste caso não haja maior flexibilidade na janela de transferências do meio do ano.
A tensão aumentou após Florentino manifestar publicamente sua insatisfação com o desempenho do time no Mundial. Segundo relatos, o presidente cobrou uma resposta imediata em campo, mas evitou comprometer-se com reforços fora dos padrões que considera ideais para o clube.
Apesar do cenário de divergência, nenhuma das partes demonstrou intenção de romper o vínculo. Ainda assim, a situação levanta questionamentos sobre a autonomia do treinador e a forma como o Real Madrid pretende equilibrar ambição esportiva com política financeira.
Aliás, o desfecho da disputa interna poderá ser determinante não apenas para a próxima temporada, mas também para o modelo de gestão do elenco que será adotado a partir de agora.